sábado, 20 de setembro de 2014


Saiba tudo sobre a mãe dos dois filhos uruguaios de Olívio Dutra
Inês Buzo, cumpria tarefas dos Tupamaros no Brasil.

Inês Graciela Abelenda Buzo e Olívio Dutra

A uruguaia Inês Graciela Abelenda Buzo, citada pelo jornalista Vitor Vieira como mãe de dois filhos que teve na clandestinidade de Porto Alegre com o ex-governador Olívio Dutra, algo que ninguém sabia no Rio Grande do Sul,  chegou a Porto Alegre com nome falso em 1981, vinda de São Paulo, sua primeira cidade no Brasil.
Inês Graciela chegou a São Paulo em 1976, diretamente de Buenos Aires, onde também vivia clandestinamente, desde que fugira de Montevidéu, em 1975 .
Ela  era militante do  Partido de La Vitória Del Pueblo (Tupamaros) e foi enviada pela facção guerrilheira uruguaia para substituir Lilian Celiberti na condução de uma célula de militância do Partido de La Vitória Del Pueblo. Lilian foi sequestrada pelo DOPS gaúcho em 1979.

Viva la revolución continental
Inês tinha a tarefa de facilitar a entrada de foragidos políticos uruguaios no Brasil e dar instrução revolucionária a sindicalistas gaúchos.
Para viver, Inês Graciela também dava aulas particulares de inglês.

Romance com Olívio foi revolucionariamente tórrido,  clandestino e profícuo
Devido a suas atividades, Inês conheceu e aproximou-se de Olívio Dutra, então presidente do Sindicato dos Bancários do Rio Grande do Sul.  Os dois iniciaram um relacionamento ardoroso e secreto, pois Olívio era casado e tinha dois filhos.
Inês Graciela ficou grávida e, em 5 de abril de 1983, nasceu a primeira filha dos amantes, registrada somente pela mãe, com o nome de Ana Inês Abelenda Buzo.
Logo depois de registrar a filha, a guerrilheira apresentou-se à Policia Federal com sua identidade uruguaia verdadeira e solicitou que fosse regularizada sua situação do Brasil , já que tinha uma filha brasileira. 
Meses depois, Inês Graciela engravidou novamente de Olívio Dutra, que continuava casado com dona Judite, como acontece até hoje. Em 9 de outubro de 1984, nasceu Rodrigo Alberto Abelenda Buzo, mais uma vez registrado apenas pela mãe, porque o pai não assumiu a paternidade.
Logo em seguida, a uruguaia decidiu retornar ao seu pais, que foi redemocratizado, levando seus dois filhos. Para isso, as crianças deveriam obter a nacionalidade uruguaia.

Ana Inês e Rodrigo Alberto junto com sua mãe Inês Graciela

Olívio não assumiu as paternidades. Crianças registraram impressões digitais.
Inês foi ao Consulado Uruguaio acompanhada por amigos que a apresentaram aos funcionários consulares e trataram de resolver o assunto. Nunca Olívio Dutra aparecia.
As duas crianças, a mais nova de poucos meses, chegaram a marcar suas impressões digitais nas cédulas de identidades uruguaias.
Logo depois, retornaram para Montevidéu, com a ajuda do pai de Inês Graciela, que veio a Porto Alegre buscar a  filha e os netos.

Os filhos: Rodrigo Alberto e Ana Inês
Abelenda Buzo "Dutra"

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